
A campanha 31 Dias para Mudar o Trânsito, do Detran Paraná para o Maio Amarelo, volta a alertar sobre os perigos de falar ao celular ao dirigir, ontem. Um estudo do Departamento de Trânsito e Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA) aponta que o uso de dispositivos móveis ao volante aumenta em até 400% o risco de acidente.
“O tema vem sendo abordado constantemente em campanhas educativas, mas, ainda assim, as pessoas resistem em mudar o hábito”, conta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
1 – O motorista imagina que não tem problema falar no celular enquanto dirige. “Ele julga ter capacidade de sobra para realizar as duas coisas, não percebe que a atenção fica dispersa e aí também não percebe o pedestre que vai atravessar a rua, o motoqueiro que vai trocar de faixa, o ciclista que surgiu ao lado”, destaca Traad.
2 – No Paraná, são registradas 110 mil multas por uso do celular no trânsito todos os anos. Dá quase uma a cada 5 minutos. Em 2016, de janeiro a abril, foram 30.771 multas por este motivo no Estado.
3 – Um estudo mostra que uma pessoa no Whatsapp consome pelo menos 23 segundos se apenas olhar para a tela, tempo que pode ser fatal no trânsito.
4 – Outro problema é a visão restrita à frente enquanto o motorista fala ao celular, com prejuízo ao que acontece nas laterais do carro.
5 – A cada 10 leitos, sete são ocupados por acidentados de trânsito. A cada 10 minutos ocorre uma morte no trânsito e este mata sete vezes mais que a bebida alcóolica.
6 – Uma pesquisa de uma operadora mostrou que 12% dos motoristas admitem usar o celular para fazer vídeos enquanto viajam, e 17% fazem selfies. A brincadeira pode ser fatal.
7 – Estudos mostram que o risco de colisões é 23 vezes maior quando se dirige e digita. Uma pesquisa aponta que 61% dos motoristas já enviou alguma mensagem no trânsito.
8 – Digitar, ler, falar e usar fone de ouvidos enquanto caminha compromete a atenção do pedestre em até 80%, e isso pode fazer com que ele não perceba a movimentação na via.
9 – A distração com o aparelho celular pode resultar em atropelamentos, ocorrência que já soma 1.387 casos nos primeiros quatro meses do ano em todo o Paraná.
10 – Segundo a Polícia Militar e os Bombeiros, as cidades com maior número de registros de atropelamentos de são Curitiba, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Cascavel, as mais populosas.
11 – Em Nova Jersey (EUA), uma lei sugere o pagamento de multa de até US$ 50 ou
15 dias de prisão para quem for flagrado andando pelas ruas com as mãos ocupadas por aparelhos eletrônicos.12 – O risco não é só com os carros. Desatentos, eles não escutam buzinas, não percebem bicicletas, atravessam as ruas sem olhar. O risco desta desatenção pode ser fatal.
13 – Nos últimos quatro anos, o Detran registrou um aumento de 4% no número de multas aplicadas pelo uso dispositivo móvel no trânsito no Estado. Curitiba lidera o ranking, com 21% de crescimento das autuações por este motivo, seguida por Maringá, com 14% de aumento.
14 – “Não há atenção que resista ao apelo de um telefone tocando. Todo condutor deveria colocar seu celular longe de si, ou desligado, antes de sair. Qualquer outra opção é dar chance para um fator cada vez mais presente nos acidentes de trânsito”. do especialista em trânsito Celso Alves Mariano.
15 – R$ 293,47 será o novo valor da multa para quem for flagrado dirigindo, segurando ou manuseando o celular enquanto dirige, que passa a ser considerada infração gravíssima de trânsito a partir de novembro deste ano. Além da multa, o motorista perde mais sete pontos na habilitação.
16 – Em alguns países, o uso de celular pelos pedestres se tornou um problema tão grande que medidas extremas foram tomadas para reduzir riscos de acidentes. Em Augsburg (Alemanha), a Prefeitura instalou um semáforo fixado no chão, para que o pedestre que está com os olhos baixos, no celular, perceba os sinais na rua.
17 – De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), um condutor desconecta-se da direção desde o toque inicial de uma ligação no celular. Em média, leva-se de quatro a cinco segundos para fazer o contato com o aparelho já desbloqueado — ou seja, se o carro estiver a 100 km/h, são 120 metros dirigindo sem visibilidade da via.