
Os problemas de estrutura no Instituto Médico Legal (IML) em Jacarezinho ocorrem há anos e revela diversos problemas graves que preocupam e muito a população que depende dos serviços do órgão.
Em um passado não muito distante, um grave acidente com um ônibus de turismo na BR-369 resultou em oito mortes e revelou o caos que funcionários, e, principalmente as pessoas que dependem do IML de Jacarezinho são obrigados a enfrentar.
Sem um espaço adequado para realizar mais de uma necropsia e sem refrigeradores para acondicionar os corpos, parentes das vítimas do grave acidente foram obrigados a reconhecerem seus entes em meio a um amontoado de cadáveres sem qualquer tipo de preparo para as identificações, expostos na garagem do Instituto Médico Legal. Muitos dos que ali estavam precisaram de atendimento médico e muito consolo, inclusive dos funcionários da unidade, para esquecerem a terrível cena gravada na memória.
Com o passar do tempo, os problemas com a identificação de corpos só aumentaram. Nos últimos acidentes registrados no Norte Pioneiro, as vítimas levadas ao IML em Jacarezinho precisaram ser encaminhadas à unidade em Londrina por falta de médico legista. Os corpos chegaram levar 24 horas para serem liberados à família.
O problema foi denunciado ao Ministério Público Estadual, que passou a investigar os problemas. Entretanto, o que a população clama ao governo estadual é que olhe para o Norte Pioneiro e apresente soluções que possam amenizar o sofrimento dos que perderam seus entes e buscam ao menos dignidade para sepultá-los.