O rápido avanço da Covid–19 neste início de ano, atribuído à chegada da variante ômicron ao Paraná, já pode ser confirmada no informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Segundo os dados, a média móvel da doença subiu 1190,5% em apenas duas semanas, principalmente após a confirmação de 18.579 casos em apenas quatro dias.
De acordo com a Sesa, a média móvel do coronavírus antes do Natal era 142, uma média que apontava para a tendência de controle da pandemia no estado. Nesta sexta-feira (7), porém, a média chegou a 2.361.
Segundo o secretário Beto Preto, o momento é de foco para que os casos não subam ainda mais.
“As portas das unidades de pronto-atendimento do estado estão cheias, então precisamos de foco para a vacina. Quero pedir a colaboração de todos para, principalmente, a 2ª dose e dose de reforço da vacina da Covid e também muito foco para a vacina da gripe. Ao mesmo tempo, pedir a colaboração de todos para a medidas não farmacológicas: uso da máscara, lavagem das mãos, utilização do álcool em gel. Evitar as aglomerações é um ato necessário”, disse.
Apesar do alto número de casos, o Governo do Paraná não tomou nenhuma medida mais drástica de controle da transmissão. Um dos motivos que explica é o baixo número de pessoas internadas, reflexo da campanha de vacinação. 45 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados em leitos SUS (17 em UTI e 28 em leitos clínicos/enfermaria) e nenhum em leitos da rede particular.
Explosão de casos
Projeção da Universidade de Washington (EUA) aponta que o Brasil pode chegar a um milhão de pessoas infectadas por dia com Covid em duas semanas. A universidade estima que 468 mil pessoas tenham sido infectadas no Brasil apenas nesta sexta-feira (7), incluindo aquelas que não fizeram exames.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o país deve chegar a 1 milhão de infectados no dia 23 de janeiro e a um pico de 1,3 milhão em meados de fevereiro.