O corpo de Gal Costa, que morreu nesta semana aos 77 anos, já está na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para o velório da cantora. Posto sobre um longo tapete vermelho rodeado de flores, Gal vai ser velada em cerimônia aberta ao público, prevista para ser encerrada com homenagens às 15h.
A cerimônia já conta com alguns fãs cantando músicas que foram eternizadas na voz da cantora, como “Odara” e “Chuva de Prata”. Famosos como Jorge Ben, Angélica e Luciano Huck, Rita Lee e Ana Furtado e Boninho enviaram coroas de flores para a artista.
Sophie Charlotte, atriz que encarnou a baiana no filme Meu Nome é Gal, previsto para ser lançado no próximo ano, chegou aos prantos e conversou com os parentes da artista.
Próximo ao hall monumental onde Gal é velada, há um acampamento de manifestantes que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições e pedem intervenção das Forças Armadas. O grupo está concentrado na avenida Sargento Mario Kozel Filho, entre o prédio da Alesp e as instalações do Comando Militar do Sudeste.
Como Gal foi apoiadora de Lula (PT), parlamentares da Alesp temem confusões entre os manifestantes e fãs da cantora. Na quarta-feira (9), a bancada de deputados estaduais do PT enviou um ofício ao general João Camilo Pires de Campos, secretário estadual de Segurança Pública, solicitando que a Polícia Militar retire o grupo do local.
Ainda que o pedido não tenha sido atendido, o policiamento no local foi reforçado. Diferentemente do velório do Rolando Boldrin, na quinta-feira (10), há agora policiais espalhados ao redor do hall.
O enterro de Gal Costa será fechado para amigos e familiares. A cantora estava afastada dos palcos, após passar por uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal direita no final de setembro.