O Brasil ganhou da Espanha na prorrogação, após Malcom entrar incendiando a partida, na manhã deste sábado (7), e é campeão do futebol masculino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. É o segundo título da seleção brasileira na modalidade, que também havia conquistado o ouro no Rio 2016.
Brasileiros e espanhóis fizeram um jogo equilibrado no tempo regulamentar. A seleção brasileira abriu o placar nos acréscimos do primeiro tempo, com Matheus Cunha. A Espanha chegou ao empate aos 14 minutos do segundo tempo.
Mas o jogo mudou quando Malcom entrou em campo, no início da prorrogação, e o Brasil passou a dominar a partida. O atacante colocou o Brasil de volta à frente do placar aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação.
A Espanha chegou nos Jogos Olímpicos como uma das favoritas ao ouro, pois levou o time mais valioso entre as seleções, incluindo os seis jogadores que atuaram pela Eurocopa um mês antes, quando os espanhóis acabaram eliminados na semifinal.
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O jogo começou bastante estudado pelos dois lados, sem nenhuma das seleções conseguir lances ofensivos. Nos primeiros 15 minutos, ninguém atacou e a Espanha tentava trocar mais passes, como é característico nas equipes principal e de base.
A primeira chance do jogo foi da Espanha, que trocou passes da defesa até chegar no campo ofensivo e, em um cruzamento na área, o atacante Oyarzabal conseguiu escorar para o gol, aos 15 minutos. Diego Carlos salvou a seleção brasileira pouco antes da bola passar entre as traves.
O Brasil respondeu três minutos depois, com uma boa pressão na saída de bola da Espanha. Bruno Guimarães interceptou a troca de passes espanhola, tocou para Richarlison na entrada da área, que ajeitou para Douglas tentar finalizar. A bola saiu pressionada e o goleiro Simón botou para escanteio.
Aos 24 minutos foi a vez de Richarlison tentar uma finalização. O Brasil trocou passes no campo ofensivo, até que Guilherme Arana recebeu pela esquerda, levou para o bico da área e cruzou para o atacante finalizar para fora.
Mas o lance com mais perigo até esse momento da partida aconteceu aos 34 minutos. Após Guilherme Arana bater uma falta da intermediária, o goleiro espanhol saiu errado, e atropelou o Matheus Cunha. A princípio, o árbrito entendeu como lance normal, mas foi chamado pelo VAR e marcou pênalti. Richarlison foi para cobrança e chutou para cima do gol.
O Brasil seguiu melhor nos minutos finais do jogo, até que Matheus Cunha brilhou nos acréscimos. Claudinho cruzou, a bola foi para o Daniel Alves na linha de fundo da grande área, e o lateral direito, de costa, mandou a bola para cima. O atacante brasileiro dominou entre os defensores espanhóis e mandou para o fundo da rede. Foi o último lance do primeiro tempo, que terminou 1 a 0 para o Brasil.
O segundo tempo começou com a Espanha se lançando ao campo ofensivo, o que deu ao Brasil mais espaço para contra-ataques. No primeiro lance, Antony recebeu pouco depois do meio de campo, avançou sozinho e finalizou. O goleiro fez uma boa defesa, mas a arbitragem marcou impedimento após a conclusão do lance.
Apenas dois minutos depois, em mais uma saída em velocidade, Richarlison recebeu de Matheus Cunha, entrou com a bola dominada na área, driblou o zagueiro e churou para o gol. O goleiro Simón conseguiu desviar com o pé o suficiente para a bola subir e bater no travessão.
O domínio ofensivo espanhol no segundo tempo surtiu efeito aos 14 minutos. Soler conduziu a bola pela direita, cruzou na área e o atacante Oyarzabal empurrou para as redes, deixando tudo igual no placar.
Depois disso, a Espanha seguiu com controle do jogo, mas sem oferecer perigo. A seleção brasileira só foi melhorar e tentar lances mais ofensivos depois dos 30 minutos. Quando o Brasil parecia melhorar, os espanhóis voltaram a atacar com perigo, em uma tentativa de cruzamento de Soler, que bateu no travessão do goleiro Santos.
Três minutos depois, mais uma bola no travessão, após Bryan Gil receber na entrada da área e chutar forte. A Espanha seguiu mais perigosa nos minutos finais do segundo tempo.
No início da prorrogação, o técnico André Jardine fez a primeira mudança na equipe, colocando Malcom no lugar de Matheus Cunha. A alteranção melhorou o time, que voltou para o jogo tomando conta das jogadas ofensivas. A seleção brasileira passou a criar mais e pressionar a saída espanhola.
O primeiro tempo da prorrogação acabou com a igualdade de 1 a 1 mantida, mas com a seleção brasileira jogando melhor, sobretudo com Malcom pelo lado esquerdo do campo, que deu outro ritmo no jogo por ser o mais descansado em campo.
No segundo tempo, o Brasil seguiu melhor, e Malcom, que entrou para ser o nome da partida, recebeu de Antony, ganhou na força e na velocidade, entrou na área e mandou para a rede, colocando o Brasil de novo na frente, aos 2 minutos. Depois do gol, o Brasil segurou o jogo e a Espanha não conseguiu fazer mais nada. Seleção brasileira é bicampeã olímpica do futebol masculino.
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