O pequeno Daniel Nakashima, de três anos, passou por apuros na tarde deste sábado (11). Em viagem com os pais Emilly e Renan, o curitibano começou a ter uma convulsão e ficou engasgado em um posto na BR-116, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba (RMC). No momento em que a criança ficou mal, dois policiais militares estavam no local e conseguiram salvar o pequeno.
O soldado Machado e o cabo Elcio, do 29º Batalhão da Polícia Militar, estavam fazendo o patrulhamento de rotina na região e resolveram parar para comprar um energético e depois seguir o serviço. Porém, escutaram o frentista do posto pedindo ajuda. De acordo com o soldado Machado, tudo aconteceu muito rápido.
“Quando estávamos lá dentro, o frentista abriu uma janela e gritou que a criança iria morrer. Eu entendi o que ele queria com aquilo, pulei a janela que ele mesmo abriu. Já vi um monte de pessoas perto da criança, ao lado da bomba. Corri até ela e estava toda retorcida, tendo convulsão”, relatou Machado em entrevista à Banda B.
Quando se aproximou do pequeno, percebeu que a situação era grave, e o menino não estava conseguindo respirar. Enquanto o soldado Machado prestava os primeiro socorros, o cabo Elcio tratava de cuidar dos curiosos perto da criança.
“Não consegui abrir a boquinha dele, por causa da convulsão, e a mandíbula travou. Virei ele de bruços e iniciei manobra de Heimlich. Ele expeliu um líquido pela boca e, nisso, iniciou a respiração normal. Porém, a convulsão continuava. Coloquei ele de lado para não se engasgar com saliva novamente e para a língua não obstruir a passagem de oxigênio”
Com a situação ficando um pouco mais tranquila, o atendimento da autopista chegou, dando continuidade aos cuidados de Daniel.
“Ele estava com muita febre, queimando, muito quente. Eu mantive por 20 minutos acompanhando a respiração e verificando a convulsão. Ele começou a retomar a consciência e consegui devolvê-lo para a mãe. Nesse momento, chegou o atendimento da autopista”, completou.
E com a melhora de Daniel, veio o alívio por parte do soldado Machado. Foi a partir daí que ele pôde saber que o dever foi cumprido.
“É uma honra, indescritível. Não tem palavras para descrever a sensação de ter aquela vida ali e salvá-la. A criança estava mal, uma situação crítica. Ser policial militar é isso, fazer o bem, salvar as pessoas”, respondeu à Banda B.
Família
A família de Daniel estava viajando de Curitiba para Pariquera-Açu, no estado de São Paulo. Logo cedo, a mãe do menino, Emilly Alves, percebeu que ele estava com um pouco de febre, mas com a medicação ele melhorou. Então, os pais decidiram continuar com o cronograma de viagem. Foi por acaso, que a família parou no posto de combustíveis em que estavam os PMs.

“Ele teve uma febre cedo, a gente medicou e ele estava bem. Estávamos indo para a casa dos meus pais. No meio do caminho, pedi para meu esposo parar no posto. Nisso, eu olhei para trás e ele estava tendo uma convulsão. Estava todo pretinho, tirei ele da cadeirinha e saí correndo. Na hora, os frentistas gritaram pelos policiais que estavam no posto”, contou a mãe à Banda B.