Definido como extremamente possessivo por amigos e familiares, Francisco Jovino da Silva confessou ter matado a esposa Juceli Cristina Pezenatto, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Com marcas de sangue na roupa, ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta quinta-feira (16) na BR-277, em Irati, na região dos Campos Gerais. À delegacia local, ele confessou a morte e afirmou que foi motivado por ciúmes.
De acordo com a delegacia Vanessa Alice, da Delegacia da Mulher de Curitiba, os familiares de Juceli contam que Francisco sempre teve um ciúme possessivo e não a deixava ter contato nem mesmo com eles. “Ele questionava a roupa que ela usava, as pessoas com quem falava e não deixava a Juceli se relacionar nem mesmo com a mãe. Ela precisava fingir que estava indo comprar ração para poder falar com a mãe”, explicou.
O corpo de Juceli foi encontrado pela Polícia Civil horas após Francisco deixar a filha com marcas de sangue com a babá. Como ele não retornou para buscar o pequeno no fim do dia, a polícia foi alertada do possível crime.
Juceli e Francisco estavam casados há 12 anos, mas a Delegacia da Mulher tem informações de que os dois estariam em processo de separação. Até o momento do feminicídio, nenhum registro de crime havia chegado à polícia. “Com algumas das nossas vítimas, é assim que acontece. Não há nenhum registro e, então, acontece o feminicídio. Já fica aqui o nosso apelo para que vítimas de violência física e psicológica não deixem o extremo acontecer e procurem ajuda antes”, disse.
Filha
Vanessa Alice também contou que Francisco levou a filha até a babá com o corpo da vítima no carro. Para a pequena, ele contou que estava levando Juceli ao médico, porque ela estaria doente.
Discussão sobre esse post