A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou que a equipe de transição do governo Lula está analisando mudanças nos critérios de concessões de rodovias no Paraná. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (23) em seu perfil no Twitter.
“Em relação às concessões de rodovias no Paraná para novo pedágio, a equipe de transição do governo Lula está analisando a mudança de critério do leilão para baixar o preço da tarifa e vai solicitar alteração do edital neste sentido”, escreveu a petista.
Pedido de suspensão
Na semana passada, a Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) entregou à equipe de transição do governo o pedido de suspensão do leilão do pedágio no Estado.
O coordenador da frente parlamentar, o deputado Arilson Chiorato (PT) se reuniu, em Brasília, com o vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
“Conversamos bastante com o Maurício Muniz, que é o responsável pela Infraestrutura nesse governo de transição. Ele foi solidário ao acolhimento de nossas propostas de suspensão do modelo de pedágio atual, do leilão que está marcado para dezembro. Estamos fazendo todo esforço político e técnico para demonstrar que esse pedágio pode voltar mais caro do que era e prejudicar o Paraná por mais 35 anos, com mais praças”, disse o deputado Arilson Chiorato à Banda B.
O novo modelo de pedágio proposto pela frente parlamentar também foi debatido durante reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Segundo Chiorato, além do pedido de suspensão da proposta de concessão, também foi entregue à equipe de transição um estudo feito pelo Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No documento, pesquisadores apontam falhas no processo de concessão do pedágio, como duplicidade de obras, falta de projetos estruturais e tarifas mais caras que as atuais em pouco tempo, o que comprometeria a competitividade econômica.