O ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu nesta quarta-feira (12) que o modelo financeiro do novo pedágio no Paraná está definido. Segundo ele, o governo federal não vai exigir nenhum aporte financeiro das concessionárias que oferecerem até 18% de desconto na tarifa.
A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (12), durante audiência da Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal.
“Vários estados se ressentem do alto custo do pedágio e a gente buscou mais modicidade tarifária. Por exemplo, agora vai ser aporte zero até o desconto de 18%. Antes, já haveria necessidade de aporte com o desconto de 1%. Sem aporte, significa que os concorrentes vão ser incentivados a dar um desconto maior para o pedágio”, explicou.
A questão do aporte é o principal ponto de discussão entre os governos federal e estadual. O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), disse algumas vezes que a parte que cabia ao estado estava pronta e até deu um ultimato de prazo para o governo Lula.
O ministro Renan Filho ressaltou que o anúncio do novo modelo de pedágio do Paraná deve ser feito em breve.
“Eu tenho conversado sempre com o governador Ratinho Junior. Estamos aguardando agora o retorno do presidente Lula da viagem internacional à China, para que a gente possa receber as rodovias e anunciar um cronograma. Eu espero que esse modelo do Paraná, que vai significar um investimento de R$ 20 bilhões, seja certamente a reestruturação da infraestrutura rodoviária do Paraná”, pontuou.
O que é aporte?
O aporte é um dinheiro que as empresas depositam conforme o desconto oferecido no leilão das rodovias. Ou seja, quanto maior o desconto feito pelas concessionárias sobre a tarifa, maior a quantia que precisam depositar.
O dinheiro do aporte financeiro fica em uma conta pública e só pode ser movimentado com autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).