A estiagem severa que atinge o Paraná, aliada ao clima seco característico da estação e a vegetação ressecada por causa das geadas acendem um alerta no Estado para a ocorrência de incêndios ambientais, com risco muito alto em todas as regiões. Somente no último fim de semana, o Corpo de Bombeiros registrou 268 ocorrências do tipo no Estado.
Em Santo Antônio da Platina, desde o final de semana funcionários da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e do Meio Ambiente e militares do Corpo de Bombeiros trabalham no combate a incêndios desta natureza. O diretor da pasta, José Ricardo Arruda pede conscientização para minimizar o problema. “Infelizmente na maioria dos casos, os incêndios ambientais são provocados de forma criminosa, ou involuntária, como por exemplo, por meio de uma bituca de cigarro. É preciso conscientização, pois além dos danos ambientais, a fumaça é muito prejudicial à saúde. Ela causa problemas respiratórios graves, principalmente em pessoas com mais idade”, adverte.
Em julho, foram 1.505 focos de queimadas no Paraná, 125% a mais que no mesmo mês do ano passado, quando 669 ocorrências foram confirmadas. Os focos mais do que dobraram nos primeiros dias de agosto, com 674 registros entre os dias 1º e 8 de agosto, contra 329 no mesmo período de 2020.
A orientação do Corpo de Bombeiros é que o cidadão contate imediatamente a Central de Operações, via 193, caso presencie alguma situação de incêndio ambiental. Os cuidados nesta época devem ser redobrados porque o fogo descontrolado pode se alastrar rapidamente, causando danos irreversíveis à fauna e à flora.
Causas
Além das condições climáticas ou naturais, uma parcela significativa dos incêndios é causada pela ação humana, com as queimadas irregulares de vegetação e de lixo, bitucas de cigarro lançadas no mato, fogueiras e balões soltos irregularmente.
No Paraná, a infração administrativa e a multa para os responsáveis por provocar um incêndio ambiental variam de acordo com o tamanho da área atingida. O valor mínimo é de R$ 5 mil, mas pode chegar a R$ 50 milhões, dependendo de quantos hectares foram afetados pelo fogo e os danos causados na fauna e na flora da região.
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