Nesta segunda-feira (6), uma força-tarefa realizada entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do Paraná (PMPR) iniciou uma escolta de 10 caminhões, partindo de Curitiba (PR), carregados com 190 toneladas de suprimentos para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Dentre as quase 200 toneladas, destacam-se ítens de higiene, água, alimentos, colchões, produtos de limpeza, móveis e brinquedos que serão entregues na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), onde está instalado, atualmente, a Central de distribuição de Recursos Humanitários. As doações foram ofertadas pelas entidades civis, empresas, comunidades e associações, todos solidários com a crise humanitária que o Rio Grande está enfrentando
Equipes da PRF e da Defesa Civil escoltarão os caminhões até o destino, que tem um trajeto de cerca de 14 horas em mais de 900 quilômetros, feitos por vias com condições de trafegabilidade.
Papel da PRF na crise
As condições desafiadoras para atuar na região colocam as forças de pronto-emprego diante de cenário extremamente complexo. O deslocamento por terra é dificultado devido às inúmeras interdições, a oferta de alojamentos para equipes convocadas é insuficiente, a alimentação e o abastecimento de viaturas é precário, e até o acesso à água potável está comprometido.
Ainda assim, 315 agentes trabalham nas áreas afetadas. Operações foram temporariamente interrompidas e parte dos policiais enviada para as regiões inundadas. Três helicópteros foram imediatamente deslocados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e permitem que a PRF alcance locais isolados, evacue áreas de risco e some quase 1,4 mil pessoas resgatadas. O momento é tão excepcional que 20 viaturas novas, que ainda não foram incorporadas ao patrimônio, já estão sendo empregadas nas operações de salvamento.
Como uma engrenagem, todos os órgãos que atuam no Rio Grande do Sul têm atividades orientadas pelas Forças Armadas e estruturas de Defesa Civil. O foco, neste momento, é a colaboração com outras agências, organizações não governamentais e voluntários no atendimento a necessidades emergenciais.
Nos momentos de adversidade, a união e a solidariedade são fundamentais. Mas respostas à catástrofes devem ser planejadas e coordenadas, para otimizar resultados, utilizá-los com com eficiência, aumentar o alcance das ações e estabelecer comunicação coesa e de utilidade pública com a sociedade.