Após o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fazer enquete para eventual retomada do horário de verão, o setor de bares e restaurantes do Paraná defendeu a adoção da medida. Nesta terça-feira (8), entidades representativas dos empresários lançaram campanha em que afirmam que o horário de verão garante “mais emprego, economia e diversão”.
O Brasil parou a adotar o horário de verão no ano de 2019, por decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, a decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia, que apontou pouca efetividade na economia energética.
Agora, com a possibilidade de retomada em aberto, a Confederação Nacional de Turismo (CNTur), a Federação Paranaense de Turismo (Feturismo) e entidades filiadas, como a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) defendem a medida.
Para o presidente da Abrabar, Favio Aguayo, o horário de verão é muito positivo para o setor. “Para nós é importante conseguir mexer com a economia. A gente sabe que algumas pessoas são contra, uma vez que isso mexe com o organismo, mas é uma passagem rápida. Os benefícios são maiores que as percas, temos que incentivar o retorno”, afirma.
No questionamento de Lula, mais de 1,2 milhão de internautas se posicionaram, sendo que mais de 70% de forma favorável.
Horário de Verão
O horário de verão foi instituído no Brasil na gestão de Getúlio Vargas, em 1931 e 1932, mas só passou a ser adotado sem interrupções em 1985. A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural nos dias mais longos para poupar energia e reduzir o risco de apagões.
Logo após o atual presidente anunciar o fim mecanismo, em 2019, as entidades se uniram para cobrar a manutenção e em seguida sua volta. A iniciativa iria permitir, além de um horário a mais de lazer para as pessoas, a possibilidade de maior renda de estabelecimento do setor em áreas turísticas e nos centros gastronômicos.
Economia
“A volta do horário de verão permitiria uma recuperação mais rápida do nosso setor, afetado diretamente pela pandemia da Covid-19”, diz Aguayo.