A cerca de 2km do Congresso Nacional, uma criança de 5 anos presa em uma placa de trânsito por uma corda improvisada amarrada à calça faz da parede de ladrilhos brancos a lousa da “sala de aula”. A “escola” fica no Buraco do Tatu, no coração de Brasília e logo abaixo da Rodoviária do Plano Piloto. A mãe perambula entre os diversos veículos parados diante de um semáforo pedindo qualquer auxílio financeiro. Nas mãos, carrega um cartaz escrito: “Me ajuda comprando pipoca. Tenho filha e estou passando dificuldades. Aceito doações, comidas e roupas”.
A imagem choca motoristas que passam pelo local, mas a mulher, que terá seu nome preservado nesta reportagem, garante não ser um caso de maus-tratos. “Viemos de Goiânia para fazer o tratamento do rim da minha filha em Brasília. Somos só eu, meu marido e ela. Não consigo emprego e nem uma creche especial que cuide dela, mas, mesmo assim, ela está na escola. Hoje, no entanto, não teve aula e precisei trazê-la comigo, pois o meu marido está trabalhando”, desabafa a mãe.
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