Após uma proibição federal para novos downloads do TikTok nas lojas de aplicativos da Apple ou do Google nos Estados Unidos, fontes afirmaram que a empresa planeja derrubar a plataforma a partir de domingo (19). A medida do governo ainda pode ser barrada pela Suprema Corte.
A proibição previa que fossem proibidos novos downloads, mas que os usuários já cadastrados poderiam usar o TikTok por algum tempo. No entanto, a empresa pode derrubar o aplicativo para todos.
De acordo com o plano do TikTok, as pessoas que tentarem abrir o aplicativo verão uma mensagem pop-up direcionando-as para um site com informações sobre a proibição, disseram as fontes, solicitando anonimato, pois o assunto não é público. O TikTok pertence a controladora chinesa ByteDance.
Entenda o que motivou proibição do TikTok nos EUA
A ByteDance, de capital fechado, é detida em cerca de 60% por investidores institucionais como Blackrock e General Atlantic, enquanto seus fundadores e funcionários detêm 20% cada. A empresa tem mais de 7.000 funcionários nos EUA.
Em abril do ano passado, o presidente Joe Biden sancionou uma lei exigindo que a ByteDance vendesse seus ativos nos EUA até 19 de janeiro de 2025 ou enfrentaria uma proibição nacional.
Na semana passada, a Suprema Corte parecia inclinada a manter a lei, apesar dos apelos do presidente eleito Donald Trump e dos parlamentares para estender o prazo.
Trump, cuja posse ocorre no dia seguinte à entrada em vigor da lei, disse que deveria ter tempo, após assumir o cargo, para buscar uma “resolução política” à questão.
O TikTok e a ByteDance buscaram, no mínimo, um adiamento na implementação da lei, que, segundo eles, viola a proteção da Primeira Emenda da Constituição dos EUA contra a restrição da liberdade de expressão pelo governo.
O TikTok disse em um processo judicial no mês passado que estima que um terço dos 170 milhões de norte-americanos que usam seu aplicativo deixaria de acessar a plataforma se a proibição durar um mês.