Paraná – Além da menina Eloah, o estado do Paraná se tornou referência nacional na resolução de casos de crianças desaparecidas. Desde 2018, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil, solucionou 100% dos ocorridos deste tipo.
O Sicride é a única unidade no Brasil dedicada exclusivamente à localização de crianças desaparecidas, centralizando as notificações de desaparecimentos de crianças de até 12 anos incompletos e contando com uma equipe de policiais dedicados exclusivamente à esse setor, atendendo ocorrências em qualquer região do Paraná.
Entre 2019 e 2024, 888 casos envolvendo crianças desaparecidas foram registrados no Estado, todos esses concluídos, incluindo o caso Eloah, encontrada na última sexta-feira (24).
A delegada-chefe do Sicride, Patrícia Paz, elencou algumas ferramentas e medidas fundamentais para a resolução de desaparecimentos, como a resposta imediata à casos assim, com atendimento 24h em todos os municípios do estado e o auxílio de tecnologias como o Alerta Amber, um programa que emite um alerta nas redes sociais para usuários no raio de até 160 quilômetros do local do fato ocorrido.
A delegada também ressalta a importância de uma denúncia ágil em caso de desaparecimento, além do cuidado dos pais em ambientes aglomerados ou com pessoas suspeitas.
“Os responsáveis devem redobrar a atenção em locais com muita aglomeração de pessoas e desconfiar caso desconhecidos se aproximem pedindo informações sobre a criança. Não há necessidade de esperar 24 horas para registrar um boletim de ocorrência. Assim que os responsáveis perceberem que a criança fugiu da rotina, devem buscar ajuda imediatamente”, disse.
A tecnologia do Sicride também pode ser útil para retomar investigações de casos antigos, utilizando novas ferramentas, como o sistema que simula a progressão de idade da criança com base em fotos antigas e a identificação de material genético por DNA.
O secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, celebra o trabalho bem sucedido das forças policiais em casos como o de Eloah, destacando a cooperação entre elas.
“O trabalho integrado das forças de segurança no Paraná é um exemplo de como a cooperação e a especialização podem salvar vidas. Cada caso solucionado é uma vitória para as famílias paranaenses”, explicou.
*Com informações da AEN e supervisão de Jorge de Sousa.