O caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, foi atacado e morto por uma onça-pintada em uma propriedade isolada no Pantanal do Touro Morto, em Mato Grosso do Sul. O ataque aconteceu em uma área de mata densa, às margens do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro. Clique aqui e veja as imagens da onça capturada.
Jorge trabalhava e morava no Pesqueiro Touro Morto. A localidade, de difícil acesso, é conhecida entre pescadores esportivos, especialmente pela quantidade de peixes, como o dourado.
A região atrai turistas interessados em pesca esportiva e safáris fotográficos, onde muitas vezes a onça é vista e registrada em seu habitat natural. Conforme imagens de satélite do Google Maps, não é possível chegar de carro até o pesqueiro, somente de barco.
Corpo de caseiro morto por onça estava a 300 metros da casa
Os restos mortais de “Jorginho”, como o trabalhador era conhecido na região, foram encontrados em um capão de mato a 300 metros do pesqueiro. A vítima foi arrastada pelo animal.
As partes do corpo da vítima foram encontradas pelo cunhado, Valmir Marques de Araújo, com o auxílio dos policiais ambientais Francisco de Assis Damasceno e Augusto Pereira Mendes, além de um morador local que participava das buscas.
Foram identificados os dois pés, ainda calçados com as botinas, e uma parte da perna.
Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro
Cercado pelos rios Miranda e Aquidauana, o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro conta com mais de 78 mil hectares de área protegida. O parque abriga diversas espécies de peixes, aves e mamíferos típicos do bioma pantaneiro. É também uma importante área de reprodução da fauna aquática.

Desde 2020, a pesca esportiva na região só é permitida no formato “pesque e solte”, como forma de minimizar os impactos ambientais e proteger os ciclos naturais do ecossistema.