A violência doméstica segue sendo uma das principais preocupações sociais no Paraná. Em Santo Antônio da Platina, a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, tem se destacado com ações de acolhimento, prevenção e fiscalização. Em reunião realizada na terça-feira (15), autoridades locais debateram melhorias para fortalecer ainda mais o suporte às mulheres vítimas de violência.
Encontro fortalece rede de apoio em Santo Antônio da Platina
A reunião ocorreu no escritório da Dra. Bruna Lemes Fogaça Camargo, presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB – Subseção Santo Antônio da Platina. Participaram representantes da Polícia Militar, como o Capitão Dudson, além de membros do Conselho Municipal de Segurança (CONSEG) e da FANORPI.
Durante o encontro, foram apresentados os trabalhos da Patrulha Maria da Penha, que incluem visitas comunitárias, fiscalização de medidas protetivas e apoio contínuo às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Patrulha Maria da Penha: segurança e acolhimento às vítimas
A Patrulha Maria da Penha é um braço fundamental do Programa Mulher Segura, promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Com atuação nos 399 municípios do estado, ela oferece:
– Fiscalização de medidas protetivas de urgência;
– Visitas preventivas às vítimas;
– Ações educativas sobre direitos, prevenção e empoderamento.
Com equipes capacitadas, o programa busca oferecer segurança, dignidade e autonomia às mulheres atendidas.
Proposta de fluxograma municipal ganha destaque
Um dos pontos centrais da reunião foi a criação de um fluxograma municipal de atendimento para casos de violência doméstica. A proposta visa facilitar o encaminhamento das vítimas aos serviços especializados e garantir suporte emocional, jurídico, psicológico e social — um passo essencial para o rompimento do ciclo de violência.
Programa Mulher Segura: um exemplo de política pública integrada
O Programa Mulher Segura atua em diversas frentes para prevenir a violência doméstica e familiar:
– Prevenção: Palestras sobre empoderamento, primeiros socorros e defesa pessoal;
– Atendimento humanizado: Espaços acolhedores nas delegacias;
– Capacitação: Treinamento de servidores para atuação especializada;
– Monitoramento: Acompanhamento simultâneo de agressores e vítimas;
– Parcerias: Articulação entre órgãos públicos e privados.
Desde sua criação, o programa tem contribuído significativamente para a redução de casos de feminicídio nas regiões onde foi implementado.
O combate à violência doméstica exige ação conjunta, articulação entre órgãos públicos e o fortalecimento da rede de proteção às mulheres. A iniciativa em Santo Antônio da Platina é um exemplo de como o engajamento local pode transformar realidades.