Uma mulher de, aproximadamente, 30 anos foi encontrada morta, no fim da manhã desta quarta-feira (4), no bairro Cajuru, em Curitiba. Policiais da Divisão de Homicídios (DHPP) foram ao local e, de acordo com o delegado Tito Barichello, a vítima, que possuía deficiência (PCD), estava com lesões por todo o corpo e pode ter sofrido tortura. A mãe da jovem, que foi encaminhada à delegacia para prestar depoimento, alegou que ela caiu da escada.
A mãe ainda afirmou que a filha chegou em casa nesta madrugada ao voltar da casa de parentes após ficar dois meses fora. O delegado deu mais detalhes da fala da mulher.
“Ela já apresentava todas estas lesões e estava muito tonta, ou seja, lesões causadas em momento anterior a queda e aí ela teria caído”, explicou Barichello.
O delegado, por sua vez, destacou que a situação dita pela mãe é estranha e merece ser verificada. No entanto, ele ressaltou a possibilidade de homicídio doloso porque as lesões encontradas no corpo da vítima não correspondem a uma queda de escada, mas sim em um ambiente doméstico. O investigador acredita nesta possibilidade porque, por ser PCD, a mulher não se relacionava com pessoas de fora da família.
“Parecem queimaduras, são lesões por todo o corpo. Estamos aguardando a perícia, que vai nos passar informações mais fidedignas daquilo que é possível apurar neste momento, mas posso dizer claramente que não advém de queda e que estas lesões demonstram, sem dúvida nenhuma, um ato de barbárie porque o corpo inteiro dela está lesionado. São lesões que não são pequenas”, revelou ele à Banda B.
Possibilidade da vítima ter sofrido cárcere privado
Barrichello, além da tortura, destacou que a vítima pode ter sido mantida em cárcere.
“Nós temos um local na parte de cima [do imóvel] compatível com um local de cárcere privado. Isto porque a chave fica para fora e este comodo fica com a chave para o lado de fora”, disse. “Estamos agora, de forma rápida, tentando localizar o pai, que moraria no Parolin, para saber se a vítima foi entregue nestas ‘condições’ para a mãe”, finalizou o delegado.
A Divisão de Homicídios investiga o caso. O corpo foi encaminhado para Instituto Médico Legal de Curitiba.