A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu as investigações sobre o homicídio de Ezequiel da Costa, de 52 anos, em Curitiba, no último mês de dezembro. De acordo com o inquérito policial, a ex-mulher da vítima, de 44 anos, ofereceu R$ 100 mil a um comparsa, de 56, para que ele a ajudasse no crime.
A vítima foi morta a tiros no início da manhã de 22 de dezembro de 2024, quando chegava em sua casa no bairro Boqueirão. Os suspeitos aguardavam dentro do imóvel, após terem deixado uma motocicleta estacionada a uma quadra dali e seguido a pé até a residência. Câmeras de segurança da região registraram a chegada e a fuga deles (assista abaixo).
Crime foi motivado por disputa de posse de imóvel, diz polícia
Conforme a PCPR, o crime foi resultado de uma longa batalha pela posse da residência após a separação do casal. De acordo com as investigações, Ezequiel e a ex-companheira mantinham um histórico de conflitos para ver quem ficaria com a casa. Em 2023, ele foi obrigado a deixar o local por decisão judicial. Foi então que a mulher levou um namorado para morar com ela. Posteriormente, ela se mudou e Ezequiel retornou ao imóvel, intensificando as desavenças.
De acordo com o delegado Ivo Viana, relatos colhidos durante a investigação demonstraram que a suspeita teria ameaçado matar o ex-marido em mais de uma ocasião.
“O crime foi meticulosamente planejado e a motivação seria a disputa pela residência. Os suspeitos premeditaram cada etapa da ação, desde a espera dentro do imóvel até a tentativa de ocultar o envolvimento com o homicídio”, disse.
Suspeito receberia dinheiro da venda do imóvel após o crime
Durante as apurações, a equipe policial verificou que os suspeitos chegaram a residir juntos no fim de 2024 em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, sem manter relação afetiva.
O homem, dono da motocicleta usada no homicídio, teria aceitado participar do crime mediante a promessa do valor em dinheiro. O pagamento, porém, estaria condicionado à venda da casa na qual Ezequiel morava.
Ambos os suspeitos foram presos temporariamente pela PCPR no dia 14 de fevereiro e tiveram as prisões convertidas em preventiva pelo Judiciário.
Com a conclusão do inquérito policial, eles foram indiciados pela prática do crime e o procedimento foi encaminhado ao Ministério Público, que já ofereceu denúncia.
Assista ao vídeo que mostra a movimentação dos suspeitos: