A quarta-feira, dia 7 de maio, será marcada pelo início do processo do Conclave na Capela Sistina, no coração de Roma, que irá terminar com a esolha do novo papa. Com a decisão do Colégio Cardinalício, a Capela Sistina, que está localizada nos Museus do Vaticano, foi fechada ao público nesta segunda-feira (28) para os preparativos.
A Igreja Católica já volta sua atenção para os próximos passos após o período de 9 dias de luto do falecimento do Papa Francisco. De acordo com declarações públicas, os principais pontos envolvem a preparação da Capela Sistina para os cardeais de batina vermelha e a instalação da chaminé por onde será liberada a fumaça das cédulas queimadas após as votações.
A escolha determinará se o próximo pontífice continuará as reformas de Francisco – com seu foco nos pobres, marginalizados e no meio ambiente – ou se os cardeais vão optar por um papa mais alinhado ao estilo de predecessores conservadores como Bento XVI, com ênfase na doutrina.
Votação para escolher o próximo papa
A data foi definida pelos cerca de 180 cardeais presentes (pouco mais de 100 eleitores) reunidos na quinta Congregação Geral no Vaticano. A informação do preparo do Conclave foi confirmada na manhã desta segunda-feira, pelo Vaticano.
Ainda de acordo com o Vaticano, não há previsão de conclusão. Entre os próprios cardeais eleitores, há aqueles que esperam um Conclave curto, considerando também o Jubileu em andamento, e aqueles que, ao contrário, preveem tempos mais longos para permitir que os cardeais “se conheçam melhor”.
Cardeais das partes mais distantes do mundo ainda são esperados em Roma neste período. Na Cidade Eterna, eles serão hospedados na Casa Santa Marta, a Domus do Vaticano onde Francisco decidiu morar, renunciando ao apartamento papal.
Durante o fim do processo, a fumaça preta saindo da chaminé da Capela Sistina indica que os cardeais ainda não alcançaram a maioria de dois terços necessária para eleger um novo papa. Mas quando o novo pontífice for escolhido, subirá a fumaça branca e os sinos tocarão.
Conclave tem missão difícil
Seguir o caminho de Francisco será um dos grandes desafios. As mudanças, até então centradas na figura do argentino e no novo paradigma de líder que ele estabeleceu na Igreja Católica, precisam agora se manter com o seu sucessor.
Lidar também com um cenário mundial repleto de tensões como às ligadas a guerras, ascensão de líderes populistas e o aquecimento global também será uma tarefa complexa para o novo comando da Santa Sé.
Com informações do Estadão Conteúdo
*Com supervisão de Rodrigo Schievenin