Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descobriram duas novas espécies de besouros, uma delas na Região Metropolitana de Curitiba e Campos Gerais, e a outra em Rio Branco, no Acre. As espécies Aleochara leivasorum, encontrada no Paraná, e Aleochara capitinigra, no Acre, podem ajudar a polícia a solucionar casos de assassinatos, maus-tratos de pessoas e de animais.
Isso porque, segundo os pesquisadores Edilson Caron e Bruna Caroline Buss, da UFPR, os insetos são parasitas da pupa da mosca – camada externa de pele das larvas durante o estágio de metamorfose de larva para a fase de mosca adulta. Assim, eles se hospedam em moscas necrófagas, que se alimentam de cadáveres.
Com isso, ao observar a presença dos novos besouros descobertos, é possível mensurar por quanto tempo um cadáver ficou exposto. A informação é do portal Ciência UFPR.
“Em um cadáver com horas de exposição já temos moscas e besouros. O besouro que estudamos faz parte dessa fauna e, sabendo o nome da espécie, podemos avançar no estudo de ciclo de vida, comportamento, e, caso necessário, tentar responder alguma questão judicial”, diz o pesquisador Caron.
Os dados da pesquisa podem auxiliar, por exemplo, a esclarecer quanto tempo o cadáver ficou exposto [intervalo post mortem], se houve movimentação do cadáver ou ainda o tipo de morte, envolvendo ou não o uso de produtos tóxicos.
As descobertas são do grupo de pesquisa CNPq intitulado “Biodiversidade de Staphyliniformia (Insecta, Coleoptera)”.