Glória Maria, que morreu nesta terça-feira (2), estreou como repórter em 1971, quando cobriu o desabamento do viaduto Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Em uma edição do programa Memória Globo, Glória conta que estava indo almoçar em um sábado quando recebeu uma ligação informando sobre o desastre. Ela e outros profissionais checaram a informação por telefone e logo foram até o viaduto fazer a cobertura.
O episódio estreou uma carreira de grandes coberturas. Relembre algumas delas:
A posse de Jimmy Carter
A primeira vez Glória saiu do país foi para cobrir a posse do presidente Jimmy Carter nos Estados Unidos, deixando um Brasil que vivia a Ditadura Militar. A mando do Jornal Nacional, a repórter viajou ao lado de Lucas Mendes, Hélio Costa e outros profissionais registrar a chegada ao poder do primeiro presidente Democrata após anos de domínio Republicano no poder do país.
“Era uma abertura, ele era a favor das minorias. Então a Globo fez questão de me mandar para mostrar que aqui [no Brasil] também tinha minorias que se davam bem e trabalhavam”, contou ao Altas Horas.
Guerra das Malvinas
Em 1982, Glória foi a primeira jornalista mulher do Brasil a cobrir uma guerra. A própria repórter pediu para o Armando Nogueira, seu diretor no Jornal Nacional na época, para ir. “Só iam homens, desde que a guerra começou”, disse Glória no Roda Viva.
“Era uma guerra em que se desarmavam minas terrestres. E eu tinha que ir lá ver como era”, disse. “A guerra é uma coisa que me deu muito medo, mas eu não deixei que ela me paralisasse”.
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